“Ninguém pode me magoar – isso é minha tarefa.”

A frase acima foi extraída do livro “Ame a realidade. Quatro perguntas que podem mudar sua vida”, de Byron Katie, editora BestSeller.
Sobre o livro ? Me perdoem: parei na metade do caminho. Essa frase caiu como um convite a rever minhas crenças.
Pense comigo: quem de nós já não ouviu ou repetiu frases como “o outro me magoou”ou “os outros só nos magoam porque deixamos” ?
Na real ? Puro chororô de nossa parte !
Ninguém tem o poder de nos magoar ( nem que deixemos, nem que peçamos, nem que queiramos ). Só nós temos esse poder !!! Só nós temos o poder de escolher como queremos nos sentir ou reagir a uma determinada situação ou experiência !
Mágoa é um sentimento, e passado o impacto de qualquer experiência, como se sentir é uma escolha que só cabe a cada um de nós realizar – individualmente. Nenhum mortal tem o poder de fazer com que num instante estejamos nos sentindo felizes e noutro tristes.
Faço aqui uma interrupção: não vamos confundir “emoções básicas” (raiva, alegria, tristeza, medo, etc) com sentimentos. As emoções surgem como um “susto”. São, via de regra, inevitáveis, instantâneas, impulsivas – e também são orgânicas, biológicas, comuns a todos os seres. Já os sentimentos fazem parte de uma segunda etapa; onde, passado o “susto” (emoção básica), começamos a refletir, senão a ruminar sobre a experiência que vivenciamos.
De onde saiu isso de que “o outro” nos magoa ?
Em nossa cultura não temos uma “educação emocional” que nos fortaleça, que nos encoraje a sair de nossa zona de conforto e de nos expormos ao mundo, de continuar perseverando em nossos sonhos e propósitos.
Infelizmente, ainda continuamos com a milenar tradição (religiosa) de cultivar a culpa (que se transformou, inclusive, num eficiente instrumento histórico de poder e subjugação do outro). E a “culpa” nos fragiliza, enfraquece, nos deixa impotentes.
Moral da história: qualquer coisa que nos aconteça e que, principalmente, nos contrarie, é uma porta aberta para que nossa “síndrome de coitadismo” venha à tona. Afinal, sempre haverá um “outro” para ser “culpado” por (não) ter feito aquilo que cabia única e exclusivamente a nós.
Se quiser mudar sua história e seus resultados, simplesmente se aproprie de seu próprio poder, de sua (co)responsabilidade e de suas escolhas. Se (auto)empodere, aproprie-se daquilo que já é seu !
E se em algum momento a mágoa aparecer, pergunte-se: Como quero me sentir ? Preciso mesmo ficar preso(a) a esse sentimento ? Quais minhas escolhas ? O que penso em fazer a respeito ?
Tenha em mente que “a vida é curta demais para não ser vivida”. Vamos celebrá-la !
Fraternos abraços.