Há uma corrente que diz que “a mente sente, o corpo fala”.
Seja diante de situações que geram fortes emoções, seja por conta de nosso ruminismo, eis que “a mente” é sim responsável por “autorizar” a “liberação” de substâncias como o cortisol e a adrenalina, responsáveis por nos proporcionar uma cota extra de energia nos momentos de luta ou fuga, os quais também chamamos de estresse.
Mas, não se deixe enganar: ainda há muita controvérsia quando se trata de emoções e estresse.
Tem-se que a primeira teoria sobre emoções surgiu por volta de 1890, através do psicólogo americano William James e pelo médico e psicólogo dinamarquês Carl Lange. Trabalhando de forma independente, os dois pesquisadores postularam que a característica central das emoções, ou seja, de nossa experiência subjetiva particular, está relacionada aos processos fisiológicos (funções bioquímicas, físicas e mecânicas nos seres vivos) – em outras palavras: não era fruto de reações meramente psicológicas ou mentais.
William James declarava que quando um indivíduo é afetado por um estimulo, sofre alterações fisiológicas como falta de ar, palpitações, angústia e etc.; e seria o reconhecimento desses sintomas que geraria emoção no indivíduo.
De acordo com William James, o que diferencia as emoções é que cada uma delas esta relacionada a percepção de transformações corporais. Por exemplo, perante uma situação de emergência, primeiro o homem reage e foge e é por fugir que sentiria medo.
Na esteira das ideias de William & Carl, em meados da década de 1980 o norte-americano Tad James desenvolveu a TLT – Terapia da Linha do Tempo (cuja formação fiz há alguns anos), na qual se propõe a eliminação de emoções negativas (como a raiva, o medo, a culpa, a mágoa e a tristeza); primeiro através da identificação da “causa raiz” (ou do evento original que causa a emoção negativa) e, posteriormente, através do relaxamento corporal / muscular – em particular, da parte onde se encontra registrada a tal “causa raiz”.
Em paralelo e com ideias semelhantes a William James e Ted James, o Dr Peter A. Levine, doutor em biofísica médica e psicologia, iniciou em 1970 pesquisas sobre a forma como os animais lidam com ameaças e que culminaram no desenvolvimento do método de experiência somática – uma abordagem de conscientização corporal para cura de traumas.
Confirmando o que eu já havia escrito sobre o que seria o estresse, o Dr Levine observa que:
“Quando a luta e a fuga não são opções, congelamos como se “mortos” estivéssemos. Mas essa reação precisa seguir seu curso, permitindo que a energia maciça que foi preparada para a luta ou fuga seja gasta. Se permanecermos imóveis, paralisados, essa carga de energia ficará retida e o corpo pensará que ainda está sob ameaça.”
RESUMO DA ÓPERA
Qualquer que seja a corrente que tenha razão, é certo que o acúmulo das substâncias que nos dão um ganho extra de energia acaba por intoxicar e comprometer o funcionamento de nosso organismo. Diante deste cenário, a eliminação e/ou redução dessas substâncias através da atividade física é fundamental para a redução e prevenção dos efeitos do estresse e tensão reprimida.
ARTIGOS A RESPEITO DO TEMA
Algumas outras recomendações você poderá encontrar nos seguintes artigos:
PARTE 1 – Aprendendo a agir com resiliência e a gerenciar o estresse.
PARTE 2 – Aprendendo a agir com resiliência e a gerenciar o estresse.
Resiliente ? Sim, mas com saúde !
Feliz Ano Novo.
Feliz hábitos novos.
Votos de vida longa e próspera !
Fonte:
http://www.terapiadalinhadotempo.net/que-e-a-tlt/
https://psicologado.com/psicologia-geral/introducao/as-emocoes
https://pt.wikipedia.org/wiki/William_James#Emo%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_Lange
http://www.scielo.mec.pt/pdf/psi/v22n2/v22n2a02.pdf
https://www.goodtherapy.org/famous-psychologists/peter-levine.html
https://traumahealing.org/cognitive-regulation-fails-stress-test/
http://meucerebro.com/mente-sente-o-corpo-fala-efeitos-da-mente-sobre-o-corpo/
Muito bom !!!! Muito bem escrito e com grande clareza.
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